quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Oculos Virtuais 3D.

Ser adulto, jovem adolescente oculto.
Criança perdida sozinha na sala de um cinema.
Onde o tema é mais profundo.
Uma visão geral do mundo atual nos anos sessenta.
No novo século tudo se reinventa.
E o final feliz nem sempre é a dois, feijão com arroz.

É tão bom morar sozinho e te encontrar só depois.
O nosso filho mora comigo e com você.
Tem duas casas pra receber, seus amigos, adolescentes perdidos.
De divorcios falidos.
Cidades e Conflitos.
Todos iguais.

Mais meu cachorro é fiel demais.
Ele me deixa tão em paz.
E eu cuido dele, foi meu melhor presente no dia dos pais.
Na minha tv 60 polegadas 3D um vídeo me leva até você.

Sinto até o cheiro daquele bolo de chocolate com fubá da vovó.
E me lembro que tenho algo parecido da Nestle.
Porque no meu mundo tudo já vem pronto com o simbolo da propaganda de TV.
E o que eu tenho com você são fotos que não ocupam um décimo do meu HD.
Porque sou tão moderno, tão esperto, tão correto.
Tão relacionavel em companhias virtuais.

Todos meus amigos são tão legais.
E pra acabar com esta paz.
O barulho do meu home que se comunica por bluetooth com a minha tv.
Sincronizado comigo e com você.
Tá 11 a 0 pra mim no placar no meu jogo de celular.
Eu já visualizei.

E já fiquei feio demais.
Quando pensei igual aos meus ancestrais.
Foi que percebi ser mais feliz sendo moderno como os animais.
E se alguem se deu bem demais.
É meu cachorro que não dorme mais do lado de fora.

Divide comigo a coca cola.
Abre todos os dias a felicidade.
Matando a necessidade de cuidar de alguém.
De querer bem quem te quer bem.

Num latido, num sorriso, num vídeo, numa imagem.
Numa cabana, numa vila, numa tela, a vida passa
tão rápido e bela quando a realidade chega perto demais.
E eu uso meus óculos virtuais 3D.