segunda-feira, 15 de julho de 2013

Esperando a banda passar

Eu conheço gente jovem que me representa.
O meu coração é jovem e me apresenta a luta para garantir os direitos da Constituição.
Por detrás da máscara da revolução, o sorriso sem jeito daquele que foi roubado.
Do homem honesto que carrega o fardo dirigindo seu caminhão.
Do jovem que busca mais que um pacote de pão.
É o mais jovem conhecido da inflação.
Dos hospitais e sua classe em desunião.
Onde o dinheiro compra vidas.
E passagem de avião é grátis pra politico que continua irônico a situação.
Mais meu coração é jovem e me apresenta.
Gente jovem da revolução.
A esperança na força da união.
Pode devolver o semblante do sorriso que nunca deveria ter saído do rosto do homem aflito roubado.
E do meu lado, está a situação, quem me representa no poder tá perdido.
Governo despreparado, parece tão assustado com a voz do cidadão.
E eu só quero saber se ainda vou ouvir a canção.
Que vem com a banda na rua tocando em serenata.
Da minha janela eu vejo a passeata.
De nenhum partido democrata, socialista ou cristão.
A voz que vem do coração é um som de revolução.
Do rosto que é jovem e não perde o seu encanto.
Feito de beleza natural.
Nas cores da bandeira fora da época de carnaval.
E eu que tava a toa na vida esperando a banda passar cantando coisas de amor.
Agora acredito que o povo tem seu valor.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Mundo

Qual o maior confilto.
Qual o melhor semblante.
De um homem aflito.
Quanto tempo dura a beleza de uma pedra de diamante.
Qual a melhor amante.
De uma noite de verao.
Qual o fluxo do trem fora da estaçao.
Qual a medida certa da solidão.
Qual o tempo que se encaixa na sessão da tarde.
Qual a bebida da felicidade.
Qual a característica principal da maldade.
O que há de novo, num prato de arroz feijão e ovo.
O que há de povo sorrindo sem direção.
Qual será o próximo acordar de um vulcão.
Qual será a próxima criança a nascer neste mundo.
Qual será o próximo funcionário do mês.
Um operário ou um monarca.
A escolha de um novo Papa.
Na filosofia de um Rei escolhido por Deus.
Na expectativa de um estouro.
Na história de um capítulo passado.
Na figura do abandono de poder.
Ao descer as escadas de uma catedral de ouro.
Num chão de pó é maior o brilho da luz divina.
Qual será a imagem no retrovisor do motorista do onibus azul.
Na estrada que percorre o mundo de norte a sul.
Colibrir de paisagem a olho ingenuo.
Expostos ao ventilador de maldade a corpo nu.
Onde giro da haste é mais lento que a volta do mundo em torno de nos mesmos.
Como uma roleta pronta para parar onde ficaremos presos.
Na noite ou na luz.