quarta-feira, 30 de março de 2011

De pai pra filho!

No ínicio ele queria ter uma casa na árvore.
Olhou o melhor lugar, a árvore mais forte.
Chamou os amigos de escola martelou alí por algumas horas e pronto!
Já tinha um cantinho bem agradável junto dos ninhos e passáros.

De repente aquela casa começou a ficar pequena, então ele precisava trabalhar para aumentar ela. Trocou a casa por uma bicicleta e começou a ir da escola pra casa da casa pro escritório do pai e assim por diante.

De repente aquela bicicleta já não atendia ele com tanta velocidade.
Então pegou as economias de anos trabalhando com o pai e comprou um carro.
E lá ele ia de casa pra faculdade da faculdade pro estágio.

E daí ele pensou que precisava ter uma casa de verdade.
Então vendeu o carro, comprou um carro mais antigo e comprou seu primeiro imóvel.
E de lá ele ia da casa própria pro trabalho, do trabalho para a pós graduação.

E então ele decidiu que precisava de uma casa maior, porque aquela já era muito pequena, mesmo que fosse muito maior que a casa da árvore. Porque agora ele tinha filhos e esposa e lá ele ia do colégio do filho, pro trabalho da mulher, pro seu trabalho e pra casa maior.

E então ele decidiu que precisava de um carro maior. Então ele esticou nas horas extras e comprou o carro e com o dinheiro que sobrou lá em cima da árvore ele fez uma casa pro seu filho.

E o seu filho decidiu de repente que aquela casa começou a ficar pequena, então ele precisava trabalhar para aumentar ela. Trocou a casa por uma bicicleta e começou a ir da escola pra casa da casa pro escritório do pai e assim por diante.

terça-feira, 29 de março de 2011

A Funcionária Gostosa!

Há alguns dias que Arioldo vinha tramando sua estratégia.

Primeiro se convenceu de que não era culpa sua, afinal não era ele quem tinha contratado a Gertrudes. Foi a Ferdinanda sua mulher quem à contratou!

E que era homem e homens possuíam o direito exclusivo e primário de ser vencido pelo desejo carnal, desde que isto não envolvesse reais sentimentos a não ser única e exclusivamente o instintivo desejo sexual.

E afinal, a Gertrudes usava um perfume devastador ao faxinar a casa. E sua mulher Ferdinanda trabalhava fora e alegava muito cansaço nos últimos dias.

E por último quem queria muito isto era a Gertrudes e ele inegávelmente não podia resistir a tantos encantos.

Chegou mas cedo em casa, as crianças na escola, a mulher no trabalho, e a Gertrudes aguando as flores com aquele vestidinho curto....

- Oooo Gertrudes, eu molhei minha camisa! Você não pode passar ela pra mim!
- Claro patrão! Disse a Gertrudes com aquela voz doce!
- Assim não, é assim que passa roupa Gertrudes...

Juntou ela de maneira firme e direcionou as mãos dela levemente sobre a camisa!
E depois sobre o corpo dele...
Quando a Gertrudes, finalmente cedeu ao seus anseios com um beijo.
Pelo portão que estava aberto, entrou na casa sem avisar, Ezequiel o namorado da Gertrudes!

Ele Ezequiel era um instrutor de academia de 2 metros de altura por quase dois de largura! Seu apelido era Quadrado! Exatamente por causa destas dimensões.

Arioldo se tremeu inteiro! Fim de Clima. Ezequiel nada fez na hora... mas registrou o momento com uma camêra de celular.

No dia seguinte Arioldo percebeu a estratégia de Ezequiel ele trabalhava na mesma academia de Ferdinanda. E as aulas cedidas à Ferdinanda por Ezequiel começaram a ter além de instruções uma pegada e uns toques desnecessários pelo corpo dela.

Se Arioldo tirasse Ferdinanda da Academia ele Ezequiel revelaria o segredo de Arioldo que ficaria sem Ferdinanda e sem Gertrudes, esta última que por sua vez, cheia de culpa se entregou única e exclusivamente ao namorado Ezequiel.

Agora Arioldo gasta todo o tempo que antes utilizava para pensar na Gertrudes, acompanhando Ferdinanda na academia. E Ezequiel aproveita para torturar Arioldo o máximo que as regras da Academia permite.

Naquele momento, Ezequiel era o patrão e Ferdinanda a Funcionária Gostosa!
Só que ele Arioldo não tinha os 2 x 2 de Ezequiel!

terça-feira, 15 de março de 2011

Popeye isso é ALFACE! Não é Espinafre!

VELHO AMIGO - Popeye! Há quanto tempo...
VELHO AMIGO - O senhor anda tão sumido, to te achando um pouco fraco demais, o que tá pegando com esse marujo?
POPEYE (Voz Rouca) - Haaa marinheiro agora os tempos são outros!
VELHO AMIGO - Mas Popeye, cada aquele espinafre meu velho, aquele verdinho, pra fica forte.
POPEYE - Verde hoje, meu filho só relógio do Ben 10.
POPEYE - Popeye tá aposentado meu filho!
VELHO AMIGO - Mas vc não pode ficar fraco assim não marinheiro, tu vai perder a Olivia Palito pro Brutus!
POPEYE - Não tem mais tempo ruim com o Brutus não meu filho...
Nós chegamos num acordo, sociedade moderna, eu fico com Olivia na segunda, quarta e sexta... O Brutus fica com ela, terça, quinta e sábado e no Domingo ela descansa....
VELHO AMIGO - Que isso, Popeye ... Que isso que vergonha ... vc meu marinheiro dividindo a Olivia Palito...
POPEYE - De Palito ela não tem mais nada não meu filho... Ela pos silicone tá turbinada...
POPEYE - Tá dando as cartas meu filho...
POPEYE - Essa sociedade moderna, não tem mas espaço pro Popeye não...
VELHO AMIGO - Mas Popeye vc não... não vc ... Não o Marinheiro Popeye...
VELHO AMIGO - Vc é um exemplar diferente, tu é um cara valente ...
VELHO AMIGO - Precisamos dar um jeito nisso ... Esse desenho tá descolorindo!
VELHO AMIGO - Deixa eu ver esse espinafre!
VELHO AMIGO - Isso é ALFACE, ALFACE marujo, ALFACE!
VELHO AMIGO - Quem boicotou seu espinafre??!
Pega isso aqui, isso é espinafre de verdade... (Red Bull)
POPEYE - Pi! Pi! Soooooouuuu o Marinheiro Popeye! Pi! Pi!
POPEYE - Agora sim eu estou forte de novo...
VELHO AMIGO - Vai lá Popeye acaba com o Brutus ...

Minutos Depois ...
VELHO AMIGO - Porraaaa Popeye! Era pra vc se livrar do Brutus e ficar com a Olivia...
VELHO AMIGO - Ao invés disso tá aí vc e o Brutus bebendo juntos nesse buteco!!!
POPEYE - Aprenda uma coisa meu amigo, mulheres como a Olívia tem muitas por aí...
POPEYE - Agora um amigo de anos como esse aqui só tem um!!!
POPEYE - Garçom, desce mais duas!!!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Caixinha de Música da Vovó.

Dançarina de Salão.
Caixinha de música, botão.
Sapatinho de Cristal.
Anos 60.
Inocência disfarçada de sensualidade no batom vermelho.
Cabelo retrô.
Preto escuro, na pele clara como a alma.
E seu vestido bordado.
E trançado.
De pura magia.
Olhou pra aquele rapaz.
Chapéu e terno clássico.
Bigode afiado.
Brilhantina no cabelo.
Casal de filme de volta pro futuro.
Passado retrô, tempo do vovô.
Cadilac amarelo.
Doce de caramelo.
Foto preta e branca.
Pose de menina, sinueta feminina.
Se move rapaz.
Jogue esse chapéu pro alto.
Tire esse terno sério.
Conquiste este sorriso de puro mistério.
Sabe que provoca, inteligente por natureza.
Usa da sua beleza pura, pra rancar suspiros.
Bota um cabresto nesta menina rapaz.
Perigosa de tão inocente.
Carrega no beijo doce o veneno da serpente.
Bailarina de palco.
Ilusão de luz.
Que conduz seus passos na doce melodia.
Da caixinha de música da vovó.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Águas de Março.

São as águas de março levando o verão.
Destruindo o Japão.
Vestígios de Teresopolis, Tsunamis, Demolição.
Sinais de mudança climática destruição.
Apesar de parecer com o Afeganistão.

É só mais um verão, queda de morro.
De vida de ilusão.
Queda de valores, cultura e religião.
São só as águas de março levando o verão.

Terremoto daqui, enchente dali, quanta gente.
Heróis nos escombros.
Vida que vai vem escorrendo pelas águas.
Quem pode levar esta culpa nos ombros?

Miragem, terrorismo ou paisagem.
A natureza mostra sua beleza na fúria algoz.
E nós só pensamos em nós.
Cade a sua voz?

Aquela que chega ao céu, que cumpre o seu papel de fiel.
Aquela que pede pela luz.
A luz do sol que atravessa as nuvens de chuva.
A luz do sol neste final de verão.
Aquela que pode sim trazer uma promessa de vida na nova estação.

Se despeça daqueles que ame.
Se orgulhe daquilo que fez.
Faça seu último desejo.
Peça seu último beijo.
Talvez é isso o que tanta gente tenha feito.
No Japão ou no Rio neste último verão.

Carnaval já passou, agora é esperar pela festa da ressurreição.
São as águas de março fechando o verão, promessa de vida na nova estação.