domingo, 11 de setembro de 2011

Linha Retrô - Anos Oitenta.

Pra você que é dos anos oitenta, me empresta o kichut, e sua raquete de ping e pong.
Pode levar meu gibi do thundercats, mas saiba que quero devolução.
No seu bolo de aniversário, o castelo do Greiscow será dividido por igual.
Nossas lutas de espada, as brincadeiras de rua, a amarelinha e o esconde esconde o pega pega, as riscas de giz
que transformavam a rua em uma quadra de futsal.

Na arte, na energia, no sorriso da criança bacana, seus cinco minutos de fama. Eram na sua rua.

Vitrine sem grade! Era sua varanda do lado da quitanda do Juarez.
Sempre diziam que vc era o freguês, que o pastel de feira não tinha aquela goteira de óleo vegetal.

Era tudo na mais perfeita harmonia, do tenis rainha, do futurista m2000.
O melhor jogo era river raid.
O melhor esporte era com bola.
A inspiração eram os filmes do Rock.
E maior talento que o do Zico estava surgindo nas mãos do Senna.

E aquela cena, dos embalos de sábado a noite.
O Cadilac amarelo ainda fazia sucesso.
E o Fred Mercury não era o prateado.
De moderno somente os Jetsons.
De retrô as calças amarelas do estilo Set Satélite.

E de satélite só tinhamos a Lua.
Que iluminava a noite calma.
Nos namoros de sorveteria.
Na ideologia jovem do Aborto Elétrico.

Das brincadeiras de Bets, dos estilingues dos caminhões de madeira.
Da bateção de figurinha.
Do jogo de burquinhas.
O mais próximo de um celular era um Talk toc.
Formado por telefone de copos de plástico interlaçados por um fio.

Frágil tempo dos barcos de papel.
Dos pedidos em fontes de água.
Dos desejos que se realizavam com uma moeda.
Dos pirulitos que viravam helicópteros.
Dos infinitos, albuns de chiclê ping pong.
Dos milhares Flashs de memória.

Que agora ocupam as páginas dos livros de história.

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