domingo, 20 de novembro de 2011

O Milagre da Vida

Da mesma forma que se mede o tamanho de um milagre.
Da esponja que se molha com vinagre.
Deve ser respeitado o dom da vida.
A arte da cura.
O talento o esforço a mistura.
A herança da paz.
O dom da sensibilidade.
A energia da crença.
A força da fé.
O resultado da luta.
A sensação que resulta na consciência tranquila.
Na paz interior.
Que vem do respeito do amor.
Ao próximo.
Do amor a si próprio.
Do amor que constrói amor.
Da loucura mais sensata.
Que elimina a vaidade.
Que vem do pensamento, no jardim.
O aumento dos raios de sol na tarde, que invade.
O dever cumprido.
O sorriso mais puro.
O coração seguro.
No lar, no ar, na conversa na mesa do almoço.
Na vida, que ilumina com sua luz.
A estrela que guia até o menino Jesus.
O tempo que passa.
A vontade de viajar.
De conhecer o mundo, desbravar.
Fixar residência.
Formar família.
Proteger sua filha.
A fórmula de ficar zen provém do bem.
Envelhecer construindo história.
Solidificar memória.
Lembranças das glórias.
Que todos contam com orgulho.
Tornando o passado inspirador do futuro.
Porque você sorriu quando ao invés de água bebeu vinagre.
E fez de uma vida simples um Milagre.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Lendas ao redor de um Chafariz Central. ( Quem conta um conto ganha um ponto! )

Meu nome é Ezequiel, mas isto não faz a menor importância, desde que comecei a busca pelo mistério escondido no chafariz da praça Central. Tudo começou numa cadeira de auditório.

Eu tenho a visão do sucesso...
Eu sou a visão do mundo...
Eu tenho a visão do sucesso...
Eu sou a visão do mundo...
Algumas pessoas pensam...
Outras imitam...
Algumas pessoas pensam...
Outras imitam...

Essas eram as últimas palavras que ecoavam em minha cabeça, durante a palestra do Dr Stuart até adormecer durante a palestra, e sonhar com uma praça e uma Igreja, que me pareciam familiar mesmo sabendo que nunca havia passado por um lugar assim.

Acordei aos berros do palestrante que se empolgava a medida que a palestra prosseguia me retirei do salão, e foi neste momento que decidi ir para Minas Gerais.

Não sei porque escolhi as cidades de Minas Gerais. Talvez todas as cidades do mundo poderiam ter uma praça e uma igreja. Sai com todas minhas economias e uma única mochila, alguns diziam que era um momento sabástico. Eu acredito que era apenas minha intuição.

Deixei para trás um apartamento velho herdado de herança e um emprego mais ou menos rentável em uma empresa de nome.
Agora que tudo o que sou ficou no passado e as imagens que circulavam na minha cabeça eram Uma igreja, Uma praça, Uma Igreja Uma Praça... Um chafariz em noite de lua cheia.

Viajei por quatorze longas horas...

A minha passagem era até Belo Horizonte, mas fiquei em uma cidadezinha um pouco antes. Onde então comecei a minha busca pelo mundo que visualizei no dejavú.
O que ao mesmo tempo me excita nesta busca, é o que me traz a paz e a tranquilidade que provém do sono.


Já era noite pedi por um táxi, fui até um hotel foi lá que pela primeira vez vi Francisco Alves, ou como depois comecei a chamá-lo Chico Alves, ele era pesquisador de todas as diferentes formas de vida, e estava lá em busca de reconhecimento, sucesso e dinheiro dizia ter encontrado naquela cidadezinha um tipo raro de flor, que traria a cura de vários males da humanidade.

Chico era um homem simples, com seus desenhos e planos. Muitas vezes suas idéias surgiam na mesa de um bar cujo a vista era o chafariz de uma pequena praça central.
Algumas vezes nos sentavamos ali, e conversamos a manhã toda enquanto tomávamos café, ele falava sem parar sobre seu inusitados projetos. O indaguei sobre o sucesso e o dinheiro que poderia conquistar quando ele disse:

- Porque as pessoas sonham com muito dinheiro, sucesso e fama se no final das contas o que todo mundo deseja mesmo pode estar mais perto do que imaginamos...

Neste dia percebi aquela era realmente a praça dos meus sonhos.

E então pensamos por varias e varias horas nas coisas que mais tinha importância para nós andamos pela cidade pacata com poucos habitantes.

E por ali percebemos a existência da fé, até nos passos dos meninos negros sem camisa que jogavam descalços uma especie de futebol onde uma laranja havia virado bola...

A vida que ali passava a cada por do sol e a cada noite em que se nascia bela e linda a lua... E sob a noite de estrelas estava o misterioso e belo chafariz com o qual eu sonhei noites e mais noites.

Quando decidi cortar o cabelo e a barba que estavam consideravelmente grandes conheci o Melquíades.
Um dos distintos tipos que circulavam o chafariz da praça. O Melquíades usava um colete por debaixo do blaser marrom e um óculos redondo com armação fina. Tinha uma barba grande e bem desenhada. Usava um chapéu e um relógio de bolso parecido com o de Santos Dumont.

Melquíadas havia ultrapassado a barreira dos cinqüenta anos, e vivia ali cortando mais e mais cabelos, mesmo quando o seu porte fino, sugiria que ele estava na profissão errada, pois lembrava o porte de um talentoso professor.

Um homem inteligente Melquíades influênciava com seus estudos e sua prática no corte de cabelo de salão as pesquisas de Chico Alves para encontrar um remédio que fosse totalmente eficaz, também contra a calvice e a queda dos cabelos.

Eles sonhavam em produzir uma capsula que multiplicasse as células do folículo capilar. E para tal invento a água que faria parte do produto necessitaria de uma gota do líquido que jorra do misterioso chafariz da praça central.

Todos tinham um anseio todos tinham um desejo, todos se interligavam ao chafariz da praça central.

Certo dia encontrei Chico Alves eufórico, ele havia coseguido progredir em seus estudos o liquido extraido das flores e testado em animais fazia com eles ficassem mais dispostos, mais rápidos, mais jovens... reagissem quando estavam doentes ou com sintomas de depressão.

Procuramos Melquíades para testar o invento nos homens calvos que frequentavam seu salão, pois segundo Chico, aquele invento também solucionaria de uma vez por todas a queda dos cabelos.
Foi quando soubemos que a descoberta chegou um pouco tarde para Melquíades o seu coração havia parado de funcionar minutos antes...

Trouxemos o invento elaborado com água do chafariz até o salão. Por um minuto Melquíades reagiu ao emplasto e soltou suas últimas palavras:
- Existe um anjo vcs não conseguem percebê-lo? Um anjo, cujo o rosto é formado pelas águas do chafariz na praça central.

Então fechou novamente os olhos, num semblante calmo, de uma vez por todas.

Certa noite, fui em busca das imagens estampadas nas últimas palavras de Melquíades. Estiquei minhas calças até a canela. E foi então que a vi... Cabelos compridos e sorriso fácil, rosto puro como água. Maria Estela vinha solidificar as imagens mal formadas em meus sonhos.

Preenchendo uma vida cujo o relógio do tempo continua a correr como uma fonte de água que jorra cada vez menos líquido.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

2014 - 2016

Pega o vôo, aeroporto avião.
Futebol, clube e seleção.
Pega a notícia na tela do cinema.
Na janela que muda de cena.
Na figura do ilusionismo político.
Na imagem da violência estampada na capa da Revista.
Da crise mundial.
Do pré sal.
A alta da bolsa.
A queda da Europa.
A central da copa.
O filtro que seleciona o que melhor joga.
O jogo da vida.
Que cura na medida de duas colheres de remédio genérico.
De duas pílulas de anestésico.
Só quando recebe o Cristo de Braços Abertos.
Do céu azul no rio.
Da notícia nublada da globo.
Da areia molhada do mar.
Da Estrela que guia.
Que quebra o Gelo Polar.
E no ar.
A Olimpíada é do Brasil.
E no mar vamos velejar.
E fazer bonito.
A taça do mundo é nossa.
E aí de quem possa.
Ameaçar nossos acordos políticos.
Nosso primeiros ministros.
Sinistros como no rio.
Novo retrato do Brasil.
2014 e 2016 a Copa e a Olímpiadas é nossa e de quem gosta.
Da nossa beleza mulata.
Da globeleza de menor.
Da pobreza maior.
Escondida na idade da mais pura criança.
De um céu que se enche de esperança.
No Brasil.
Se tá certo não importa o Brasil é sempre tão esperto.
E agora tudo está tão perto.
Que contagia com a magia do futebol.
Em alta performance vem.
A valorização dos imóveis.
E os atletas que se movem.
Todos os dias.
Na Olímpiada diária do trabalho infantil.
Filhos dos homens que constroem nossos estádios.
E nossos monumentos.
De Braços Abertos.