terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Cai ne mim ano que vem!

Eu desejei passar no vestibular e tomei bomba em vão.
Eu quis ficar famoso e nem na minha rua sabem a diferença entre eu e meu irmão.
Eu desejei comer do bom e do melhor.
Mas de vez em quando eu passo é fome...
Cade o homem do ano novo então?
Eu quis ficar bonito pra televisão.
Eu quis ganhar na mega sena da virada.
Mas ao invés disso eu só me sentei na calçada.
Da fama do bairro mau.
Eu quis sair no jornal.
Mas não como um marginal.
Eu queria ter trabalhado menos.
Mas o meu chefe me ligou as três da manhã me pedindo uma solução.
Eu disse nãoo nãoo nãooo.
Tá fora então, tá demitido é minha decisão.
Eu disse não não nãooo.
Cadê o homem do ano novo então?
Eu me vesti de branco amarelo e vermelho.
Mas eu só perdi os meus fios de cabelo.
E meus três desejos. Se perderam em vão.
Eu digo não não não.
Cadê o homem do ano novo então?
Se perderam meus planos.
Pisei em enganos.
Mas nos meus passos de cigano.
Mudaram os meus projetos.
Quando eu olhei pra vida e disse sim.
Vem cair em mim.
E na estrada sem paredes.
Eu continuo no ano que vêm
Eu digo vem... cá meu bem.
Guitarra nas costas, coração nas mãos.
Eu procuro flores fora da estação.
E se meu trem não passar por aqui.
Eu penso vamos fugir.
Eu digo sorte vem.
Cair em mim ano que vem.

Feliz 2012!

sábado, 24 de dezembro de 2011

O Passáro.

Refazendo a aerodinamica do seu corpo.
Colocando os ossos no lugar.
Abertura dos braços na horizontal.
Paraquedas pronto para o salto.
Voo de passáro.
Invasão de nuvem.
Pureza do ar.
Liberdade que invade o tempo devagar.
Se desfaz do relógio a pior invenção humana.
Uma vida não se mede nos anos e sim pelos seus feitos, emoções e planos.
Um pássaro nunca deixa de voar.
As voltas de um relógio não o derrubam do céu.
Nem acabam com sua aerodinâmica.
Ele simplesmente faz o que nasceu para fazer.
Não comete o pecado da gula.
Nem passa o seu tempo trabalhando demais.
A moradia da sua família é um ninho.
Seu terreno é no galho de uma árvore.
Simplificando a vida.
Para que sobre tempo somente ao que importa.
Gasta suas horas e sua energia aproveitando o dia.
Porque o resto é só detalhe.
Quando se nasce para voar.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Copa do Mundo - Série de Natal

Se pede um presente social.
Se mede de natureza desigual.
Se envolve com realidade virtual.
Luzes e musicas de Natal.
Brilho nos olhos de uma criança.
A avistar a chaminé.
Sorriso mais puro da infância.
Roubada no sinal.
Desigualdade social.
Presente de Natal.
Copa do Mundo.
Papai Noel Pelé.
Presente nos campos da várzea.
O dom que se escolhe por loteria.
Fagulha de rojão.
Futuro de uma criança sem esperança.
Se lê na bola de futebol.
Ela é a fada dos dentes.
De pobreza desigual.
Cresce Brasil.
Desenvolve nosso futebol.
Nos dá um camisa nove de presente de Natal.
Jogador gosta de bola e carnaval.
Nação Brasil se arruma pra copa do Mundo.
Nação Zumbi.
Chega de ser escravo do Mundo.
Nação Futebol.
Nos dá o presente de Natal.
Copa do Mundo.
Coca Cola e Carnaval.
Eu quero mais é presente de Natal.
Brasil superfatura a copa do mundo.
Desigualdade Social.
Papai Noel Pelé.
Nos dá um camisa nove de presente de Natal.
Quero um centroavante para Presidente.
Deputado Estadual.
Rei momo do Carnaval.

A árvore de Natal. (Dezembro é mês da série de Natal)

Se perdeu o respeito, não há mais o que recuperar.
Se o brilho já sumiu do seu olhar.
Eu deixo você ir.
Feito enfeite de natal.
A luz se apaga e se acende em outro carnaval.
E não espero confetes.
O que eu quero no presente é só voltar a acreditar.
Como uma criança que aguarda o papai Noel.
Eu tenho a crença.
Que o tempo vai me mostrar a diferença.
Me mostrando mais gente com menos medo.
Menos segredos.
Com a pureza da magia escondida na alegria da simplicidade.
Ao invés de fantasiar a realidade.
Agora eu quero fazer da realidade a minha fantasia.
E da minha janela.
Eu so quero enchergar a luz dos passos na calçada.
O caminho das pessoas de bem.
Pode ser só minha intuição.
Mas o tempo, é quem se encarrega de me guiar.
Ao encontro do que eu perdi e do que irei conquistar.
Alegria Traduzida nos traços da minha mãe, esculpdidos no meu rosto.
O gosto de vencer com meu esforço.
Deixei de me impressionar pela luz da bola de cristal.
Hoje me encantam muito mais os enfeites de natal.
As surpresas da vida.
Que estão nos presentes escondidos no caminho.
Eu deixo você ir embora.
Vai agora.
Eu te encontro em outro carnaval.
Seja feliz no seu caminho.
Busque outro carinho.
Me deixe sozinho.
Conte comigo apenas como um amigo.
Esse é o meu momento.
De descobrir que em toda ida e volta.
Existe uma oportunidade de recomeço.
Não quero mais viver sua incerteza.
Sua falta na minha mesa.
Eu quero a beleza.
Da alegria.
Das luzes que depois da escuridão iluminam.
Os enfeites de Natal.