sábado, 3 de março de 2012

Mortais

Inspirado na músicas 3x4 - Engenheiros do Hawaii

Feitos do melhor material.
Concretos cimentados com sonhos reais.
Atos naturais.
Perfeitos por não sermos iguais.
Inperfeitos mais todos normais.
Fazemos o nosso melhor.
Somos aquilo que não se pode perder.
Seguros, imaturos e maduros de mais.
Conhecidos de outros carnavais.
Pra nos merecer tem que ser capaz.
De mostrar um coração puro.
Um carater afiado e amolado na espada de um guerreiro.
Somos herdeiros do bem natural.
Do mundo real.
De coração sobrenatural.
Porque nascemos para fazer o melhor.
Acreditamos por não deixar de buscar.
Vivemos colados na luta.
Legendários de fé e esperança.
Colecionadores de almas.
Protegidos pelo escudo esculpido por Deus.
Somos o que não se pode impedir.
O que pediu pra nascer.
O que sente prazer em existir.
Somos o caminho natural.
O que torna um passo imortal.
Somos o melhor material mortal.
Somos o que se pode aprender.
O que não tem medo de errar.
O que se torna capaz de vencer.
Antes mesmo da luta começar.
Somos as palavras mais sábias.
Somos os erros mais simples.
Os videntes do passado.
Os que não tem medo do futuro.
Somos perfeitos a luz dos olhos teus.
Somos claros e escuros seguros e indecisos.
Somos passado e futuro.
Somos alma e coração.
Somos a solidão a dois, somos escuro.
Somos a companhia mais clara, a luz que brilha no fim do túnel.
A idéia mais rara.
A prevenção do futuro.
Somos previnidos e precavidos demais.
Somos livres no mundo.
Somos dos grandes centros, do mar.
Do interior das capitais.
Somos todos iguais e nada normais.
Somos normais por não sermos iguais.
Somos apenas mortais.
Capazes de criar reações imortais.

sexta-feira, 2 de março de 2012

A Máscara de Carnaval (Linha Retrô)

Correu até o rádio.
Aumentou o som da música do Tom Zé.
Perguntou então do Seu José?
O da Padaria que dividia com o açougue o prédio amarelo.
Grifado 1910 no cimento.
Não queria saber do aumento da inflação.
Só do seu pacote de pão.
De um quilo da alcatra ou de filé mignon.
Pro café da manhã.
E para o almoço.
Que é a única coisa que se repete da mesma forma de quando ele era Moço.
O sino da igreja agora lhe acende uma chama.
E na cama a coberta é mais grossa.
A dor que lhe dá nas costas.
Não provém do colchão.
Vem da idade.
Da saudade da menina com a venda nos olhos na noite de Carnaval.
E o sol que ainda nasce igual.
Chora de saudade.
Numa chuva de verão.
Nas lágrimas dos olhos de um jovem esperto.
De um velho turrão.
A recordação concretizada em cimento no prédio do açougue.
Na receita do Pão.
O que divide o poder de Reação.
De um Jovem para um Velho Turrão.
É desvendar o segredo que existe por trás da venda nos olhos da menina.
Ouvindo no rádio uma recordação da sua sina.
Um antigo hino de Carnaval.
No tom musical do Tom Zé.