domingo, 21 de outubro de 2012

Rotação

Se for pra mentir que seja pra me distrair.
Dormir de pijama como se fosse um bebe.
Sonhar comigo na TV.
Agora já não sei pra onde vou.
Escolhi levar o que é meu pra outro abrigo.
Entre mortos e feridos sobrou meu violão.
Vou cantando no caminho pra ganhar meu pão.
E na bagagem continuam lindos os fins de tarde.
E só de passagem uma paisagem de beleza rara.
Um esporte de cavalo e cela.
Uma moça tão bela que me lembrou você.
Me deixou de castigo na cocheira me colocou coleira.
Até o amanhecer.
Porque livre eu nasci pra ser.
Não caminho para ficar no caminho.
E as vezes é melhor caminhar sozinho.
Onde a lua faz a companhia.
As estrelas são sua família.
E as moças vão surgindo como uma sina cada menina possui sua beleza linda.
E no parque de diversão.
Os brinquedos rodam em círculos.
Como o planeta gira em translação.
E se até a terra se move.
Eu é que não quero ficar parado em torno do Sol.
Vou de carona, roupa cafona, conhecendo o que há de bom.
Sou Brasileiro andante sou caminhante sou da paz.
Sou um fluxo que vai andando sem olhar pra traz.
E você quase me convenceu a ficar parado girando em rotação.
Mais não foi desta vez.
Eu quero saber bem mais do mundo do que hoje eu sei.
Eu quero fotografar cada canto que passei.
E quando chegar eu quero descansar dormir de pijama.
Tirar minhas botas cheias de poeira e lama.
Te contar uma história fazer uma fogueira e acender a chama.
Tocar meu violão no melhor lugar do mundo.
Onde eu te encontro girando o mundo em cena de cinema mudo.





 

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