quinta-feira, 29 de abril de 2010

Extinção.

Procura-se mais abraços que beijos.
Mais gente que boneco.
Mais atitude que omissão.
Mais conversa que sexo.
Procura-se o retrocesso.
A inocência dos anos 60.
A realidade ao invés da virtualidade.
Procura-se pureza no coração.
Procura-se mais fé que ateísmo.
Mais verdade que mentira.
Procura-se gente e não bicho.
Procura-se gente do passado.
Gente nobre.
Procura-se valsa e namoro na sala.
Procura-se poesia e estrelas.
Lua e planetas.
Fins de tarde e pôr do sol.
Procura-se sorrisos satisfeitos.
Pares perfeitos.
Corações dos antigos.
Almoços de domingo.
Cadeiras de Varanda.
Dança de Salão.
Café feito na hora.
Sorvete de Palito.
Algodão.
Cinema e não televisão.
Rocky do Elvis.
Gente careta.
Passeio de Monareta.
Convites de Jantar.
Procura-se elegância.
Menos arrogância.
Procura-se sobriedade.
Procura-se inteligência.
Procura-se cheiro de mato.
Fruta colhida na hora.
Istórias de Et(s) e Lobisomens.
Contos de Fada e de Verdade.
Procura-se o diferente.
Procura-se o latido do cachorro.
O pai ciumento.
A menina pra casamento.
Procura-se o bigode de honra.
O faroeste preto e branco.
As viajens que deixam saudade.
Procura-se quem para o carro pra prestar socorro em acidente.
Quem se importa com gente.
Quem faz diferente.
Procura-se solidariedade.
Os Beatles e a Euforia.
A alegria.
E a amizade.
Procura-se cultura em qualquer canto do mundo.
O pão caseiro.
O abraço de irmão.
O prazer da refeição feita em casa.
O carnaval de família.
O coração de quem faz uma adoção.
Procura-se o mistério.
A magia.
A mágica.
A sinfonia.
Procura-se paz e encanto.
Procura-se o raro.
O acaso.
O canto.
O Extinto.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

A fé está de volta.

A fé está de volta.
No coração do Sul Africano Oscar Pistorius que com pernas mecânicas disputou uma vaga para Olimpíada Comum.
A fé está de volta.
No rim que foi doado por uma norte americana há um desconhecido.
A fé está de volta no beijo do fim de semana.

A fé está de volta.
Nos braços do inglês que saltou sobre os trilhos de trem para salvar uma vida.
A fé está de volta.
Na vontade de viver de um paraplégico simplesmente por sentir o ar.
A fé está de volta na devolução do troco incorreto à caixa do supermercado.

A fé está de volta em sua volta.
Quebre a barreira das limitações que te impedem de lutar pelo o que é certo.
Lembre-se sempre, que um dos maiores gênios da história da humanidade Stephen William Hawking, comparado à Newton e Eisten, é preso a uma cadeira de rodas e incapaz até mesmo de falar pelos próprios lábios.
Acredite!

Tire a venda que encobre os olhos famintos por humanidade.
Se os erros te levaram à nocaute, levante com convicção e força a cada batalha, porque a oportunidade de fazer a coisa certa, passa todos os dias entre seus dedos.
Lute!

Maldade e Bondade, Passividade e Revolução podem brotar das mesmas mãos depende da ocasião.
Para um Hitler existem Ghandi e Teresas.
Escolha!

Encontre em você a fé que arrepia e inspira tudo à sua volta.
Não precisa ser brilhante como Hawking para entender que você faz parte de um grupo de pessoas diferentes, que convivem no mesmo espaço de tempo, independente do passado de cada uma.
Doem-se umas às outras para construir o futuro que ocuparão por passagem.
A humanidade é desconhecidamente tímida e intimamente pervertida pela necessidade de acreditar em algo que movimente as pernas da mente para o caminho do justo.
Confie!

Doe o seu melhor, no trabalho, na família, no trânsito e na vida. Faça o seu melhor pelo mundo.
Só assim seremos capazes de construir um edifício humano pronto para iluminar o planeta, com a mais forte luz, que refletirá para aqueles que ocuparão o tempo futuro.
Construa!

Existe uma razão em tudo o que se faz, seja por prazer, causa e efeito.
Depende apenas do ponto de vista que se encara a chance, a oportunidade e o instante.
De abraçar com toda força a fé que diferencia o bem do mal.
Pelos olhos do atleta cego muitas vezes se enxerga com maior intensidade o brilho e a crença na vida.
Tenha fé!

Chegou a hora de recomeçar.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Suor!

Dos pequenos prazeres às conquistas...
Dos dias de sol aos de trabalho...
Suor do frio da barriga, suor que antecede tudo...
Suor do copo de cerveja da mesa do bar, suor de falar no celular, suor de saudade de alegria e tristeza, suor de vida.
Suor de carnaval, de atividade física, de estudo de viagem...
Suor das mãos de nossos pais, suor que te transforma em uma pessoa melhor.
Suor de solidariedade...
Suor de Ansiedade...
Suor de Calor...
Suor Frio...
Suor Quente...
Suor de respirar...
Combinação de Ar, Agua, Sol, Sal, Terra e Coração... (Capitão Planeta... Nãooo).
Apenas Suor!

O CIRCO DE GOTAN.

Acendem-se as luzes da cidade,
Vai começar o espetáculo.
Apenas uma noite a mais, onde no céu a estrela que já serviu de GPS há um rei mago,
Apenas assiste ao estrago do primeiro trago de um câncer sem cura.

Inutilmente tenta guiar uma sociedade que descumpre seu papel desviando os olhos do céu, tropeçando uns nos outros em caminhos opostos.

Atitude, virtude, compaixão se desvia da atenção e se mistura com a solidão de um flanela que cuida dos carros.

Somem entre os trapos do tempo, os livros e os ensinamentos, pirâmides formam-se em volta do conhecimento. E arqueólogos como Jones são cada vez mais raros.

Já no primeiro semáforo, se vê o resultado um artista, habilidoso com as mãos faz uma interpretação em troca dos centavos. Errou o palco, se apresentou no lugar do palhaço. Que por sua vez, ainda fantasiado, empunha nas mãos uma arma e rouba carros.

Segurança se esconde no sorriso de uma criança que vive sua dança de cigano, cujo o futuro é uma loteria, nas cartas, nas casas noturnas e cassinos.

De cima de um prédio direto dos quadrinhos, voa um morcego que tenta chamar a atenção para a estrela guia.

No horizonte a luz do sol se desenha novamente, trazendo consigo a esperança de um novo dia. No transito já não estão mais as mesmas pessoas de ontem assim como as de hoje não estarão todas lá amanhã.

A noite deixou suas mudanças. E o morcego agora dorme.
Os palhaços da próxima noite estão em processo de fabricação nos últimos lugares da fila de emprego de uma montadora, onde a fumaça ainda de tarde escurece o dia.

E na linha de produção, se erra no passo a passo da confecção, ponto exato para o encontro de duas mãos.
Um homem e uma mulher prontos para viverem juntos.
Encontram-se na noite, com música, dança e bebidas.

A estrela novamente ilumina o céu onde o espetáculo está pronto para recomeçar.
De um lado o morcego, de outro, uma gata, acordam juntos, para as charadas da noite.
E no cassino a sorte e o azar caminham lado á lado com a carta Coringa.
A carta do palhaço, do semáforo, do roubo dos carros, dos centavos do vicioso ciclo e do circo em geral.

Uma noite fria propícia para um Pinguim.
O emplasto que combate aos Senhores de Gelo.
É neste momento tudo o que Gotan precisa.

Emplasto este que se encontra em alta dose nas asas e garras do morcego noturno e sua companhia felina.
Enquanto isto solitária no céu, a estrela guia, aguarda com ansiedade a noite em que guiará novamente um rei mago de encontro a cura de fato.

domingo, 11 de abril de 2010

Peter Pan - Energia à Favor do Bem.

A imaginação de uma criança é uma forma de poder sem controle. Os limites ultrapassam infinitas barreiras, e as formas de prazer viajam por dentro do universo gigante de possibilidades existentes em um simples carrinho de madeira.

Floriano ainda criança, atravessou a varanda de sua casa, empolgado com a pipa que ganhou de seu pai, seu coração batia rápido, rápido como os segundos formadores do tempo. A cada batida ou volta de ponteiro a pipa ganhava em altura e voava ao sentido do vento em um dia de sol.

O Céu completamente Azul era charmosamente delineado por aquele ponto preto e branco em movimento. Movimento que em nada desviava o fixo olhar de Floriano.

Boa parte de seu tempo ele caminhava pela casa com uma toalha pendurada na camiseta, queria voar, era leve e franzino, acreditava que o vento poderia guiá-lo. Como toda criança, queria ser astronauta, mas não por causa das estrelas, ele apenas gostaria de voar. Seu personagem predileto era Aladim.

Também pudera, havia muitas semelhanças entre os dois. Aladim era leve, franzino e podia voar, tinha direito a realizar pedidos e vivia em um mundo de possibilidades inacreditáveis.

Floriano, a cada batida de coração, foi crescendo e limitando seu pensamento naquilo que acreditava ser possível alcançar. Foi então que sua imaginação se tornou aquilo que chamamos de sonhos.

Sem lâmpadas ou gênios. Os olhos desceram do céu e lá estava o mundo ao seu redor, ele cresceu e algo nele se perdeu, um tesouro escondido dentro do coração nas mãos do Gancho à espera do Pan.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O Flerte.

Roberval encontrou uma menina, sem maquiagem, cabelo despenteado, mochila de faculdade e um rosto maravilhosamente lindo, a mocinha estava em pé, na estação de ônibus.

Ela percebeu o olhar de Roberval, e retribuiu com outro olhar sedutor.
Ele se aproximou.
Impaciente, deu dois passos para o lado esquerdo, e voltou na mesma velocidade com dois passos para o lado direito.

Tossiu, sem ter gripe, alergia ou ao menos coceira na garganta.
Tossiu mais alto, estava competindo com o barulho dos carros, e a conversa entre os demais passageiros, ao fim, fingiu ser alérgico a poluição.
Sorriu para o nada, deu um tchauzinho meio sem graça para uma ex-vizinha que ele odiava.

Esticou-se quase 90 graus em frente a garota para charmosamente dizer:
-Oie***, tudo bem !?
Ela, nada disse.
Apenas abriu um lindo sorriso, irritadamente satisfeita por ter conquistado a atenção dele.

Despenteou ainda mais os cabelos. Não parecia estar ruim o bastante.
Levantou-se e foi para a outra ponta da estação.
E lá estava outro garoto como Roberval, aparentemente hipnotizado por aquele rosto lindo.
O garoto estava vestido todo de branco com uma mochila velha do curso de Odontologia em mãos.

Ela gostava de ver homens de branco. Aflorava suas fantasias.
O garoto de branco, impacientou-se, deu dois passos para o lado esquerdo, e voltou na mesma velocidade com dois passos para o lado direito.

Fingiu tropeçar, sem ao menos perceber que aquela podia ser a calçada mais perfeita da cidade, sem buracos ou se quer pedras. A calçada era limpa e perfeita e como se não bastasse não era mais lisa porque era áspera o suficiente para evitar escorregões.
Ou seja, ao menos que você fosse descoordenado ou retardado era impossível tropeçar ou escorregar ali.

Mas mesmo assim, o garoto de branco, tropeçou escandalosamente.
Inclinou-se 120 graus...
Ela despenteou ainda mais o cabelo e sorriu. Parecia ter encontrado o que procurava há anos na estação de ônibus.

Alguém capaz de escorregar por ela em uma calçada perfeita!

Mostrou seu olhar mais sedutor, pensou ela em dizer Oi.
E aí, foi que...
- Oie, disse o rapaz de branco.
Ela fez aquela cara de esse oi foi ou não foi pra mim, e de repente.
-Oie, disse à menina que estava atrás dela.

A garota da estação, do cabelo despenteado, olhou para trás encabulada e espantada.
Sua concorrente, tinha um rosto comum, um cabelo mais ou menos penteado, mas o que chamava a atenção mesmo.... É QUE ELA NÃO TINHA UM DENTE!!!.

Logo o da frente, o formato da boca dela era de fato bonito...
Mas era o Brasil sem o Romário.
O Corinthians sem o Ronaldo.
O Santos sem o Peléeee!!!
Faltava o dente da frente, o atacante, o artilheiro o centroavante!!!

Mas isto não fez a menor diferença, o garoto, de branco, e a garota banguela trocaram telefones e marcaram de se encontrar depois.

Naquele dia, a menina do ponto de ônibus construiu sua teoria.
Beleza ou você nasce com ela, ou paga para ter.
Mas nada nunca será mais sedutor e atraente para um dentista do que o prazer de implantar um dente incisivo!

E chegou a Condução...

***Os três asteriscos no Oie do Roberval, é pra dizer que foi um Oi do tipo Silvio Santos. ""Oieee AiaiaiaiaUiuiuiui"" mais ou menos isso.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Aquilo sim! Era um conto de fadas!

Porque inventaram o PS3?

O Atari não estava bom?

Os obstáculos são muito complexos no PS3, no Atari não existiam terremotos, fúrias naturais e os jogos eram de uma simplicidade onde todos jogavam sem muitas perguntas.

No Atari o policial pegava o ladrão sem destruir uma cidade inteira.
No Atari não tinhamos terroristas e nem estratégias, e depois dos jogos, nas casas feitas de madeira, sobrava mais tempo para o amor e para a família.

No Atari tudo era mais fácil o fim do jogo era um começo de vida e não o FATALITY.

No Atari os relacionamentos eram menos complexos, as pessoas se encontravam sem ter que passar, por onze pontes com estruturas abaladas, sem ter que pegar informação com quatro espiões chineses, sem precisar fugir de quatorze canibais e sem se esconder de um agente russo.

No Atari vc tomava um suco com o Japonês faixa preta de Kung Fu e prontoooo, lá estava a mocinha.
Não precisava seqüestrar a mãe dele, pilotar dois caças, desviar de cinqüenta tiros, destruir quatro carros e raptar um submarino para encontrar a paz de um final feliz.

Já no PS3, no Haiti ou em Pernambuco, no Chile ou no Rio de Janeiro, ou até mesmo no país da invenção os EUA. Ninguém escapa da fúria da natureza...
No PS3 têm terremoto de fora pra dentro de dentro pra fora.
Tremem a terra e o controle, tremem os costumes, treme a família e seus objetivos. Treme o mundo globalizado. Treme cada um por si só.

Enquanto isto, furacões internos nos corações dos líderes continuam devastando as riquezas naturais. O individualismo da sociedade em geral, não é mais curado por palavras e os sonhos coletivos entrão em profundo processo de extinção.

E quem salvará o Brasil, o Folclórico Brasil?

No Atari, Curupira com seus cabelos vermelhos protegia as árvores, florestas e animais. No PS3 ela é apenas uma manicure de mulheres com os pés invertidos.

Já as Mulas sem Cabeça, estas não param de brotar de relações entre um padre e uma mulher, entre um marido e sua amante, entre um líder e sua displicência, entre uma indústria e seus poluentes, entre um empresário e sua ganância.

No PS3 Boitatá, a cobra de fogo está assustadíssima com a chuva, e Mãe d´água só quer saber do seu romance com o Boto.

E o Saci? Sobrou o SACiiiiii, o meninooooo Saciiiii...?
A última notícia dele é que estava alienado com seu cachimbo. Parece que ele trocou seu fumo por craque, revoltadíssimo porque um dos sete anões não o convocou para Copa do mundo.

E não adianta esperar que saía um Pássaro ... Um avião .... Um disco Voador ... do Centro da Terra. O PS3 ilhou o Superman em Petrópolis.

Neste jogo, o mais parecido com um ET que o PS3 poderá trazer até você, será o José Serra se candidatando novamente a Presidência.

Então refaça suas forças tomando o Power Red Bull de 473 ml.
Escolha armas como coletividade, Quatro Verdades de Buda e fé no mundo.

Lembre-se que apesar da complexidade do jogo, é a simplicidade que se servirá de munição para suas armas.

Mas não deixe de jogar, o objetivo do jogo é renascer forte, místico e sagrado como o Fênix.

Tinham que inventar o PS3... No Atari não existia esse negócio de simples complexo, complexo simples era simples e só. Aquilo sim! Não era folclore não, era um conto de fadas!