A imaginação de uma criança é uma forma de poder sem controle. Os limites ultrapassam infinitas barreiras, e as formas de prazer viajam por dentro do universo gigante de possibilidades existentes em um simples carrinho de madeira.
Floriano ainda criança, atravessou a varanda de sua casa, empolgado com a pipa que ganhou de seu pai, seu coração batia rápido, rápido como os segundos formadores do tempo. A cada batida ou volta de ponteiro a pipa ganhava em altura e voava ao sentido do vento em um dia de sol.
O Céu completamente Azul era charmosamente delineado por aquele ponto preto e branco em movimento. Movimento que em nada desviava o fixo olhar de Floriano.
Boa parte de seu tempo ele caminhava pela casa com uma toalha pendurada na camiseta, queria voar, era leve e franzino, acreditava que o vento poderia guiá-lo. Como toda criança, queria ser astronauta, mas não por causa das estrelas, ele apenas gostaria de voar. Seu personagem predileto era Aladim.
Também pudera, havia muitas semelhanças entre os dois. Aladim era leve, franzino e podia voar, tinha direito a realizar pedidos e vivia em um mundo de possibilidades inacreditáveis.
Floriano, a cada batida de coração, foi crescendo e limitando seu pensamento naquilo que acreditava ser possível alcançar. Foi então que sua imaginação se tornou aquilo que chamamos de sonhos.
Sem lâmpadas ou gênios. Os olhos desceram do céu e lá estava o mundo ao seu redor, ele cresceu e algo nele se perdeu, um tesouro escondido dentro do coração nas mãos do Gancho à espera do Pan.
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