Era Natal, a família se reunia aos poucos mas o menino estava vidrado com um boneco velho. Ganhava presentes, outros bonecos, outros carrinhos outros brinquedos, mais ele não soltava o velho.
Conversava com o boneco e sentia um frio na barriga, como se ele e o boneco fossem ser os donos de um feito incrível.
O boneco tinha um sorriso discreto, mas não era isto que atraía o menino e sim a imperfeição do boneco.
Ser imperfeito era como encontrar uma maneira perfeita de viver uma vida com o verdadeiro prestígio que a vida merece. O boneco lembrava um maltrapilho, daqueles que vivem grudados com sua garrafa de conhaque.
E aquilo para o menino, sem qualquer explicação, sem enxergar qualquer ligação, tinha tudo à ver com o Natal!
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